segunda-feira, 25 de maio de 2020

Um homem integrando a Comissão da Mulher Advogada da OAB/Indaiatuba?

O que faria uma pessoa como eu (um homem, um ser do sexo masculino, um heterossexual) integrando uma Comissão na OAB cujo propósito é defender a mulher? E o pior de tudo a iniciativa em pedir pra participar de tal Comissão foi minha.

Isso inicialmente gerou reações de muitas pessoas, o que não deixou de ser um preconceito, alguns julgaram-me que pelo simples fato de eu ser um homem jamais seria capaz de defender as mulheres, jamais entenderia a série de agressões físicas e emocionais, abusos, assédios, inferiorizações. E que se estava lá e era heterossexual é porque com certeza queria me rodear de mulheres por interesses sexuais. afffff

Muito pelo contrário, sou sensível realmente à esta causa. Precisamos derrubar o preconceito enraizado em nossa sociedade de que precisa ser mulher para ter empatia com o que a mulher sofre, que só mulher defende mulher, que homens se ajudam e prejudicam a mulher, que pelo fato de ser homem por si só eu seria um monstro. Tem muitos homens idiotas por aí mas não são todos assim. Eu por exemplo não tenho pensamentos machistas! Não é porque não sou mulher que não me ponho no lugar delas, não precisa ser mulher pra ser contra o machismo. Eu sou contra a discriminação e as inúmeras brutais violências psíquicas ou físicas que elas sofrem, enfim contra tudo que desrespeite a mulher!

A maioria das minhas amizades e contatos profissionais são mulheres e eu as respeito e as admiro muito! São exemplos inspiradores de seres humanos maravilhosos!  Estou adorando participar da Comissão da Mulher Advogada da OAB/Indaiatuba pois é um grupo centrado, ponderado, sensato, empático, atuante, não é fanático tampouco radical. Somos democráticos, abertos a todas e a todos!

O fato de eu ser um homem não me torna menos humano, menos solidário ou com menor empatia com as mulheres! Estamos juntos nesta, mulheres! Contem sempre comigo!

E que por ser o primeiro homem a integrar a Comissão da Mulher Advogada na OAB de Indaiatuba rompa barreiras e acabe de vez com este preconceito e que sirva inclusive de exemplo pra chamar outros homens que comungam com o mesmo ideal à integrar este magnífico grupo de mulheres queridas  as quais tenho muito respeito por tudo o que são como seres humanos!

Na semana do dia 15/06 farei minha estreia nas redes sociais da Comissão da Mulher Advogada da OAB Indaiatuba. Abordarei o tema liberdade feminina, que mesmo em tempos de pandemia é necessário ser discutido pois mesmo dentro de casa a liberdade da mulher deve ser respeitada! 

terça-feira, 10 de março de 2020

E a tão famosa fase dos 40 chegou na minha vida!


E mais uma vez ressurjo das cinzas tal como a fênix! Caramba quase um ano sem escrever no meu querido blog de crônicas. Que saudades!!! Pois é furei de novo com vocês estimados leitores, tinha dito que iria voltar a escrever frequentemente não deu tamanha a correria da minha vida profissional que se resume em muito trabalho mas não muito dinheiro rs...

Desta vez vou falar sobre a maravilhosa fase que estou vivendo em minha vida que considero até hoje a melhor: os 40 anos! Há uma grande transformação na vida do ser humano quando ele chega aos 40 por isso a famosa frase “a vida começa aos 40!” e começa mesmo!

Não pensem vocês que a mudança ocorre exatamente no aniversário de 40 anos, que você tem 39 anos e de repente como num passe de mágica ao acordar com 40 anos você amadurece feito uma mamão ou uma manga e passa a ter outra visão da vida, ter outro tipo de comportamento. Não, não é isso que a frase “a vida começa aos 40” quer dizer, é preciso interpretar o sentido disto.

A mudança ocorre na maioria das pessoas (não em todas, tem muitos que não sentem isso, que não despertam para esta fase) quando elas atingem aproximadamente 40 anos, às vezes ocorre antes aos ... 36, 37, 38, 39 ou depois aos 41, 42, 43, 44... mas é próximo aos 40, por isso chamaremos este fenômeno de “fase dos 40” ainda que saibamos que não necessariamente ocorre nos exatos 40.

Comigo a fase dos 40 chegou no início do ano passado quando tinha 39 anos e hoje com exatamente 40 anos quero compartilhar esta nova experiência de vida com vocês.

Comecei a ser mais ponderado, sensato, tolerante e equilibrado. Minha personalidade já era assim centrada mas foi na fase dos 40 que ela se tornou mais intensa.

 Antes me preocupava em brigar pela minha opinião, e mesmo mais equilibrado perdia meu tempo discutindo com raiva com quem não pensava como eu e levava algumas vezes as coisas pro lado pessoal ainda que não totalmente mas parte eu sempre levava não admitia isso disfarçava mas levava sim.

 Anteriormente a esta fase, eu dispendia muita energia sem necessidade, me desgastava muito, me estressava com coisas que não levam a nada e muitas vezes até elevava o tom de voz, nas redes sociais chegava a ter a ser meio grosseiro. Se antes eu já tinha um certa tolerância (por conta da minha personalidade), hoje esta é muito maior.

Não me preocupo mais em ganhar um debate e sim em ter um saudável intercâmbio de ideias. Hoje encaro as divergências de opinião não apenas com respeito mas também como uma interessante oportunidade de refletir profundamente sobre um outro ponto de vista e às vezes (não sempre) até ocorre de eu concordar parcialmente, e destarte tornei me também mais flexível. Para mim é muito mais gostoso conversar com a pessoa, me informar sobre o que ela pensa, sobre como ela fundamenta seus argumentos do que ganhar o debate. Até por que a verdade não é absoluta, ninguém é dono da verdade, é tudo uma questão de ponto de vista, outro modo de pensar que se tornou muito mais forte na fase dos 40. E falo normalmente sem gritar porém falo alto e gesticulo muito mais isso é porque sou descendente de italianos caspita kkkkk Mas é claro só consigo dialogar com quem tem esta mesma “vibe” que a minha, que não grite que não brigue se não o diálogo construtivo torna-se impossível.

Comecei a ter mais empatia pelas pessoas, me colocar no lugar do outro. Eu tinha isso mas em menor grau, a fase dos 40 intensificou isso maravilhosamente. Muitas brigas causadas por decepções eu explodo na hora mas passado o tempo eu tento entender o que levou a pessoa a agir daquele jeito (muitas vezes não passa apenas de um mal entendido, tá não sou ingênuo sei que tem pessoas más que não tem jeito elas não mudam nunca, sempre agem fria, cruel e interessadamente mas deixo elas pra lá não fico guardando sentimento negativo, simplesmente esqueço a pessoa, apago ela da minha vida.

Se há alguns anos atrás eu não guardava sempre rancor (mas guardava algumas vezes), atualmente o rancor tornou-se muito raro ou inexistente (não sei ao certo, não lembro mais de ter guardado o ódio de alguém por mais mal que a pessoa tenha me feito, é claro que eu não vou ser amigo dela mas não guardo energia negativa ou mágoa dela. A briga, a raiva acontece no calor do momento mas depois passa. Estou também mais aberto ao perdão, consigo perdoar mais facilmente as pessoas e sinto uma felicidade enorme quando uma pessoa que estava brigada comigo faz as pazes comigo! E adoro ser pacificador tentar promover a conciliação entre 2 amigos brigados, tentar construir uma ponte entre eles para que deixem o rancor de lado, nem sempre dá certo mas às vezes tento.

Por estar mais tranquilo no diálogo com as pessoas, é muito difícil me indispor com elas por estar também mais paciente. Mas tem pessoas que irritam muito a gente e às vezes acontece de perder a linha mas se tornou mais raro, normalmente eu deixo a pessoa nervosinha. atacadinha falando sozinha. Recuso-me a dialogar com quem perde a razão, grita asneiras repletas de ódio!

A fase dos 40 também me trouxe segurança. Por mais problemas que eu tenho e são inúmeros estou mais confiante em mim mesmo, mais otimista de que as coisas irão dar certo ainda que mesmo assim deem errado, estou seguro de que fiz o meu melhor, tentei fazer o que julgo certo ainda mesmo que posteriormente eu descubra que estava errado e poderia ter feito de outra forma. 

Aprendi que errar é bom porque ele faz a gente evoluir, crescer, nos ensina, nos dá experiência para que o erro cometido não se repita. As coisas que não dão certo nos ensinam muito, nos ensinam principalmente a tentar fazer o certo da próxima vez. Não me frustro tampouco me traumatizo com experiências negativas o que me tornou também mais forte, outro aspecto positivo do sofrimento! Ademais, costumo ter mais bom senso em minhas decisões, agir mais prudentemente.


Outrossim estou mais maduro, apesar de ser um baita de um festeiro fanfarrão, bem humorado, alto astral e brincalhão piadista, meu comportamento com relação a coisas realmente sérias na vida não é mais infantil, tenho uma visão menos ingênua das coisas, é mais difícil as pessoas me enganarem (ainda enganam mas tá mais fácil detectar os(as) falsianes), muitas vezes aco na ora a intenção pode detrás do modo de falar da pessoa.

Deixei de ser uma  pessoa rígida que fazia tudo a ferro e a fogo com disciplina exagerada para me tornar mais flexível, mais razoável, menos perfeccionista (ainda que pra algumas coisas eu ainda seja mas estou muito menos, estou muito mais sossegado!)

Não troco minha idade por 20 anos de jeito nenhum! Estou muito feliz assim, muito mais realizado e vivendo muito mais plenamente, aproveitando muito mais as amizades que cultivo, de paz com a vida. Aí muitos pragmáticos vão dizer “ah duvido com 20 anos seu corpo era melhor”. Não troco mesmo assim pois o meu modo de viver a vida não seria o que eu tenho hoje e isso me deixa muito satisfeito e feliz!

É relevante vislumbrar que isso não significa que eu atingi a plenitude extrema em minha vida, que eu não tenha defeitos, que eu não estoure nunca, que eu seja perfeitinho rs... De jeito nenhum! Mesmo com esta abrupta mudança tenho meus momentos de raiva, de perder a cabeça, de brigar, de ficar irritado, de gritar, de falar bobagens das quais me arrependo muitas vezes, de não ser sensato algumas vezes. Estou muito longe da perfeição ainda. No entanto comparado com antes melhorei muito isso na fase dos 40, antes eram mais frequentes atitudes conflituosas e estouvadas, hoje elas existem ainda mas são mais raras, consigo controlá-las mais!

Pode ser que a fase dos 60 seja melhor ainda, ocorra um upgrade e isso que já está intenso na fase dos 40 se intensifique ainda mais mas não posso afirmar isso pois ainda não cheguei lá. Ah deixamos esta fase pra lá, ainda é cedo, cada fase é pra ser vivida intensamente e eu por enquanto estou na fase dos 40 e estou amando!!

quinta-feira, 11 de abril de 2019

O amor pode até ter tamanho mas não tem tamanho no amor!!!

Uma questão que sempre me chamou a atenção é o valor que muitas pessoas dão à altura nos relacionamentos. Via de regra há a preferência pelo mais alto. No entanto nos relacionamentos heterossexuais isso é minimizado para a mulher que pode ser mais baixa contanto que seu parceiro seja mais alto do que ela.

A sociedade impôs o padrão de que num relacionamento heterossexual, a mulher deve ser mais alta do que o homem, de que não combina um homem ser mais baixo do que uma mulher. E isso foi absurdamente aceito.

A imposição deste padrão foi feita através da cultura pop: cinema, literatura, teatro, TV etc.  As pessoas vivem de aparência e acabam entrando na onda do que a mídia costuma retratar nos personagens de filmes, novelas, séries, peças teatrais, programas etc.

A mulher se acostumou com o fato que precisa se relacionar com um homem mais alto do que ela chegando muitas vezes ao cúmulo de rejeitar um grande amor só pelo simples fato dele ser menor do que ela. Muitas assumem que a pessoa é maravilhosa, tem inúmeras qualidades, seria ideal porém apenas por ser mais baixa deve ser descartada.

O estereótipo do homem mais alto do que a mulher num relacionamento reflete o machismo da sociedade em que uma mulher mais baixa do que o homem traz consigo a absurda representação de que a mulher é inferior, indefesa, frágil e deve ser protegida por alguém superior, forte e portanto mais alto do que ela. E que homens mais baixos do que ela são inferiores, não conseguiriam proteger a vulnerável mulher.

Tal rótulo social inferioriza a mulher como uma pessoa fraca e totalmente dependente do homem, sem capacidade de se defender sozinha enquanto superestima o homem que tem que ser necessariamente mais alto do que ela para protege-la e defende-la. É esta imagem que tentaram passar com a criação deste tosco estereótipo.

Ora, qual o problema de existir uma mulher mais alta do que um homem num relacionamento em que existe o amor? Ela não pode? O amor não tem altura, não importa se a mulher é alta, baixa ou se ela é mais baixa ou alta do que o homem, o que importa é o sentimento entre as duas pessoas. Este padrão que a sociedade impôs há muito tempo atrás é ridículo e não faz nenhum sentido. E surpreendentemente muitos aceitam isso como algo normal, está incutida na mente de grande parte das pessoas  “ah mas não combina homem baixo e mulher alta”, “ah não o homem sempre tem que ser mais alto”. Esta construção social é totalmente absurda!!

Um estereótipo jamais pode definir um sentimento seja pela construção social absurda que se faz com ele como no caso em tela ou seja pelo fato de que mais vale a essência, o fundo do que a forma, a aparência. Qualquer rótulo é algo impensado sem razão para existir!

  Ainda que o estereótipo não contivesse este viés, estaria errado pois valoriza a forma, a aparência, o aspecto externo em detrimento do conteúdo, do interior. A pessoa não é valorizada pelo que ela é como ser humano, pelos valores morais dela e sim pela altura dimensionada em centímetros que ela tem!! Como se a altura dela fosse fazer grande diferença diante de algo mais valioso que ela evidencia: sua essência.

A altura de uma mulher nunca foi critério que eu me relacionasse com ela, nunca me preocupei se estou de acordo ou não com este ridículo estereótipo! Nós homens em extinção não ligamos para isso!

 E a mulher em extinção que é segura de si e se apaixona por mim verdadeiramente também não irá ligar pero fato de eu ser mais baixo ou não do que ela. Às vezes posso ter a mesma altura, ser mais baixo ou mais alto que ela, não há uma regra simplesmente porque isso não vem ao caso, não é importante!

Tenho 1,67 cm de altura, um tamanho considerado baixo nesta sociedade que adora seguir uma convenção. E nunca fui complexado por isso, gosto da minha altura, do jeito que ela é porque sou seguro que a mulher que realmente me amar não vai colocar minha altura como uma barreira e se colocar é porque não me ama de verdade, caso se importe com a minha altura é uma pessoa que dá mais valor às convenções sociais do que ao sentimento.

Se a mulher acha que não tenho a altura suficiente pra ser seu namorado, que deveria ser mais alto do que ela ou que ela é mais alta do que eu e eu deveria ser mais baixo ela devia é namorar com uma trena. kkkkkkkk

O que realmente importa são os sentimentos, o caráter e os valores morais de cada um, é isso que constrói um sólido relacionamento. E para concluir  explico o título desta crônica que num primeiro momento parece contraditório: o amor pode até ter tamanho (quantidade do amor que podemos sentir por alguém é tão grande que muitas vezes é até imensurável) mas não tem tamanho no amor (não importa a altura das pessoas, se há uma diferença de tamanho entre elas)!

terça-feira, 2 de abril de 2019

De volta ao recomeço!!!


Enfim estou de volta mais uma vez! Nestes sumiços e reaparecimentos no blog percebi algo interessante! Minhas primeiras crônicas são de 2010, escrevi até o ano de 2011, depois dei uma sumida parei de escrever e só voltei 4 anos depois em 2015 ano que escrevi bastante para novamente sumir por 4 anos e voltar agora em 2019. Disso podemos tirar uma brilhante conclusão: eu sou como a Marina Silva só apareço de 4 em 4 anos! kkkkkkkkkkkk

Que saudades de escrever! Infelizmente minha vida atribulada de advogado não  permite me dedicar tanto a este blog. Tentarei escrever aqui sempre que puder mas não prometo que será toda semana porque tem semana que é impossível. Escrever aqui é uma verdadeira terapia, uma cartase!

Nestes últimos 4 anos aconteceu tanta coisa na minha vida que eu tenho muita matéria prima para novas crônicas. Nem vou precisar de inspiração, a vida já se encarregou de trazer isso pra mim através de todas as emoções que ela proporcionou (que foram tanto positivas como negativas).

Tantas novidades! Novos amigos! Novos encontros e desencontros! Novos reencontros com pessoas especiais do passado! Novos colegas de trabalho! Novas paixões que já se foram e me deixaram aqui solteiro novamente: livre, leve e solto! É continuo um homem em extinção sem a companhia de uma mulher em extinção! E aqui fica minha reflexão: será que mesmo estando solteiríssimo eu já a encontrei?

E também novos objetivos de vida, novos planos, novas aspirações! Muitos altos e baixos como tudo nesta vida!

Mas sigo aqui firme, forte e fortalecido! Agradeço a Deus por cada experiência positiva que tive!

E por mais absurdo que possa parecer pra vocês agradeço a Deus principalmente por cada experiência negativa que tive. Pois estas experiências negativas foram as responsáveis pelo meu amadurecimento, pela minha autocrítica, por meu aperfeiçoamento moral como ser humano, pelo incessante processo de tentativa de correção ou minimização dos meus defeitos!!

É graças a cada obstáculo que enfrentei, cada grande dificuldade que tive na vida, cada decepção que passei que hoje estou mais forte, mais seguro, mais esperançoso e com menor propensão a incidir nos mesmos erros. Quando a gente aprende, fica difícil cometer o mesmo erro, podemos até cometer novos e diferentes erros mas a probabilidade de cometer o mesmo é baixíssima!

A vida é feita de descobertas, de tentativas e erros! Nunca é perfeita como imaginamos mas sempre estamos dispostos a adapta-la aos nossos anseios e com isso alcançar a tão almejada felicidade. Felicidade conceito este tão relativo, porque ninguém consegue ser feliz o tempo todo mas é tão bom aprender a lidar com isso e tentar reverter uma situação infeliz em feliz!

Empolguei-me tanto em filosofar sobre tudo isso que acabei não escrevendo a crônica cujo tema eu queria abordar. Curioso é que desta maneira inesperada ao explicar meu retorno, acabei criando uma outra crônica rs...

E é assim que me despeço de vocês! Mas desta vez não ficarei 4 anos fora do blog! Muito em breve farei novas crônicas que detalharão aos poucos esta crônica genérica que fiz!!! Grande abraço a todos!

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Como lidar com o estresse?

Hoje vou falar de algo que ficou rondando muito minha vida ultimamente: o estresse! E creio que seja o caso de inúmeras pessoas na atualidade. É o grande mal do cotidiano que aflige o homem contemporâneo.

O grande problema do estresse é ele se tornar crônico e se tornar depressão. E isso já aconteceu comigo em 1999. Até hoje brinco que na minha vida não foi a grande depressão de 1929 (nome dado ao crash, a queda da Bolsa de Nova Iorque), foi a grande depressão de 1999.

Na época, fazia duas faculdades ao mesmo tempo: Direito de manhã na Faditu e Gestão Empresarial à noite na Fatec. As atividades acumuladas das 2 faculdades me estressaram, mas não foram as atividades em si as responsáveis pelo meu estresse. O grande responsável pelo meu estresse foi eu mesmo. Eu me cobrava muito, era muito responsável, exigia demais de mim, queria ir muito bem nas duas faculdades, ter ótimo rendimento nas 2 (com notas entre 9 e 10 em ambas) e em determinada fase do curso isso já não era mais possível, se eu fosse melhor numa inevitavelmente não iria tão bem em outra, até iria bem mas não com um desempenho extraordinário como o que almejava.

E isso me estressou. E o estresse virou depressão. Estava tão cansado, tão sobrecarregado, a adrenalina estava tão em alta que por não conseguir dar conta de tudo, desanimei, me senti impotente perante a situação, fiquei apático perante tudo e me deprimi por 3 longos meses.

Foi horrível! Mas graças a Deus consegui superar tudo e sair desta crise!

Nas últimas semanas fiquei estressado, senti depressão (mais leve do que a de 1999) que ameaçou a se tornar grave se eu não reagisse. O que motivou meu estresse desta vez foi o fato de eu ter me conscientizado de ter virado o novo chefe de família e agora nesta crise econômica isso tornava tudo mais complicado ainda! Caiu a ficha, um ano após meu querido pai ter falecido, me senti responsável pelo sustento de minha família (mãe, irmã e sobrinho) e a crise fez com as dificuldades aumentarem muito, fez o número de clientes diminuir bem como o índice de inadimplência aumentar, o que me fez me sentir ainda mais frágil financeiramente e pressionado, e me cobrar ainda mais pra que minha família não passe necessidade. Ia ter que assumir tudo, e o peso desta responsabilidade começou a doer demais nas minhas costas. Comecei a carregar o mundo atrás de mim. Como sustentar a todos com estas dificuldades que de repente surgiram com a crise?

Muitas pessoas notaram isso. Sou uma pessoa comunicativa, extrovertida, adoro conversar e quando estou estressado e deprimido (mesmo que num grau mais brando como o que estava recentemente) fico calado, introvertido, antissocial,  com a mente parada.

É incrível como o estresse prejudica momentaneamente nossa mente. O estresse atravanca e bloqueia a mente, estagna nossa criatividade e paralisa o desenvolvimento de nosso potencial. Turbulenta e cansada nossa mente não consegue pensar sabiamente, não consegue ter grandes ideias. Nos sentimos meio bobos, paralisados. E isso nos afasta de muitas pessoas. A maioria das pessoas normalmente não entendem este estágio temporário e tratam isso de forma insensível, sem compreensão.

Ademais, o estresse acarreta insônia. Faz com que tenhamos um sono agitado, que faz com que acordemos durante a noite. E noites de sono mal dormidas faz com que acordemos desanimados, tensos, exaustos e sem energia para realizar as atividades do dia-a-dia.

O fator que contribui muito com o estresse é a preocupação. Ficar muito tenso, sentir a consequência mais grave do problema antes dele se consumar totalmente. O problema até existe, é de certa forma grave, está lá, mas a preocupação faz com que hiperdimensionemos o problema, tornemos muito maior do que ele realmente é, trazendo consequências irreversíveis ao problema que por pior que seja teria tentativas de soluções alternativas que não pensamos. O pior vilão disso tudo é a nossa maneira de pensar, de nos cobrar demais.

É neste momento que temos que reagir para não agravar a situação, para sair do estresse e voltarmos à paz de espírito que tínhamos antes.  E como lidar com isso? Encontrei a solução: além da autocrítica e da reflexão profunda sobre o assunto (pensar sozinho serenamente sobre o problema – o autoconhecimento, a autoterapia), me ajudou muito a prática de exercícios físicos. Agora que começou o calor, nadei muito (amo nadar) e isso me tornou mais relaxado, mais despreocupado e confiante na resolução dos problemas.

O exercício físico relaxa, aquieta a mente. É o que diz o velho brocardo mens sans in corpore sans (mente sã em corpo são). Claro que só a atividade física não basta, esta cria as condições ideias para que entremos em ação, para que reflitamos e nos importemos menos com as coisas, e pensar “o que tiver que ser, será”. Temos que aproveitar este momento pois é o instante ideal para concentrar e focar nossa mente com otimismo, pensamentos positivos, energias positivas e na esperança e confiança numa força maior de que tudo dará certo (aquilo que já tratei detalhadamente na crônica “A influência da energia em nossas vidas” ). Para cada pessoa isso tem um nome diferente. Para uns, esta força maior é Deus, é a fé na existência de Deus que tudo faz em prol de casa indivíduo (e nisto que eu particularmente creio). Para outros, esta força maior é a natureza, é o destino, é algo que não conseguem compreender, que transcende sua capacidade cognitiva. Isso é subjetivo depende de crença de cada um. Mas para superar o estresse e os problemas da vida, o importante é a pessoa crer nesta força maior independentemente do que ela acreditar que isso seja.

Isso é o fundamental para sair do estresse, mas além destas técnicas imprescindíveis, há algo menor que também ajuda: desabafar com amigos dispostos a te ouvir. Pessoas que além de te ouvir, te dão apoio moral, dicas e conselhos que te estimulam a sair da situação. Para mim, isso funciona muito mais que terapia em que não sinto resultados. Não me sinto a vontade em contar problemas pessoais a desconhecidos, pessoas que não possuo nenhum envolvimento. Por isso pra mim, uma boa conversa com amigos é muito mais eficaz do que o desabafo com um psicoterapeuta!

Hoje estou muito melhor, estou conseguindo aos poucos reconquistar o equilíbrio que tinha outrora. Posso até ter tido um dia ruim, estressante repleto de problemas inerentes a todos nós mas estou conseguindo (até o momento) fazer com que isso não destrua minha paz de espírito, que não me inquiete, não tire minhas noites de sono e não perturbe meu raciocínio. Se eu não tivesse reagido, teria inevitavelmente uma nova depressão grave tal como a que tive em 1999. Minimizando o estresse, exterminei de vez a possibilidade deste se tornar uma depressão.

Espero que consiga me manter sempre assim e que isso seja útil para todos os leitores. Para que consigam seguir adiante suas vidas, superar as dificuldades cotidianas, enfrentar os problemas sem se abater, para que não nos deixemos vencer e jamais sucumbir às energias negativas e preocupantes do estresse que sempre tentam atravancar nossa capacidade, mudando assim permanentemente a visão que temos dos problemas! 

domingo, 27 de setembro de 2015

Amor não correspondido

Abordarei desta vez um problema que consegui superar em minha vida e compartilho na esperança que todos consigam: o amor não correspondido.

Em meio a tantos problemas sérios (principalmente a crise econômica que abala nosso país), há ainda muitas pessoas que no turbilhão destes acontecimentos graves sofrem muito por amar alguém que não o ama.

Neste ano me deparei com um amor assim. Uma pessoa que amei à primeira vista e conforme fui conhecendo fui amando cada vez mais. Começamos a nos conhecer mais, a ter contato (soube qual era o seu nome inclusive) uma certa noite em que fui a um barzinho com amigos. Eu já ia embora, quando estava pronto para descer e sair, escutei a voz dela falando comigo e fiquei surpreendentemente feliz por a ver lá e ter a oportunidade de conversar com ela. Ela estava com vários amigos mas consegui conversar bastante com ela.

Tive a certeza de que sentia algo especial por ela, que ela era uma pessoa muito especial. Foi algo mágico. Uma pessoa muito simpática, bondosa, de ótimo coração, uma beleza que vem de dentro também. Estava cheio de esperanças. Comecei a convidar ela para sair para que conversássemos mais e para que esta aproximação possibilitasse um futuro namoro.

Ela sempre foi simpática, conversava comigo, um doce de pessoa. No entanto, sempre recusava gentilmente meus convites dizendo que não poderia pois tinha outros compromissos. Eu sempre tentava, refazia convites para as mais variadas ocasiões (festas familiares, eventos públicos, barzinhos, caminhadas etc) mas ela apesar de agradecer nunca aceitava pois sempre dizia que não seria possível pois tinha algum compromisso marcado. Além disso dei várias indiretas a ela, sempre fiz questão de dizer de um  modo muito sutil que a amava, eu dizia que a  adorava, que conversar com ela me fazia muito bem, que sua companhia era muito agradável. Não dizia diretamente que a amava, mas estas coisas que dizia fazia subentender que eu sentia algo mais que amizade.

Foi aí que percebi que ela não me amava, não me olhava com os mesmos olhos que olhava para ela. Se ela realmente me amasse ou pelo menos sentisse que estava começando a me amar, ela daria um jeito por mais compromissos que tivesse. Quem ama, quem se interessa amorosamente pelo outro sempre dá um jeito, desmarca o outro compromisso, atrasa o outro compromisso, ou marca para o dia seguinte ou no máximo semana seguinte. Não existem compromissos que impeçam uma pessoa de se encontrar com a pessoa amada.

Desconfiado mas sem ter certeza de seu desinteresse amoroso por mim, recorri a duas amigas próximas dela (amigas minhas também em quem confio muito), confessei meu sentimento com relação a ela pedindo que guardassem discrição. Achava que ou ela não queria saber de mim, ou não queria saber de ninguém no momento ou estava envolvida com outro alguém e dependendo do que estava acontecendo precisava saber se iria continuar agindo. As amigas confirmaram uma destas hipóteses: me contaram que a garota estava saindo com um cara. Este cara com quem ela estava se envolvendo é um rapaz muito legal que conheço e que julguei que ambos eram apenas amigos, inclusive ele estava junto dela na vez que a vi no barzinho e na ocasião não pressenti nada demais.

As amigas dela não souberam confirmar que ambos estavam namorando, apenas que saíam e que mantinham um relacionamento discreto, sem manifestações públicas de um casal de namorados. De fato sempre que os vejo juntos conversam bastante, são bem ligados mas discretos a ponto de ninguém perceber que saem.

A partir do momento que soube disso mesmo sabendo que não estavam namorando sério, estavam apenas saindo (se tivessem é claro que teriam tornado tal relacionamento público), acabei aos poucos me esquecendo dela, deixei de convida-la para sair e comecei a encara-la como amiga.

Aí vocês me perguntam por que agi assim? Por que não continuei sofrendo por ela, lutando por este amor? Porque não vale a pena. O amor só vale a pena quando é correspondido. Se ela ao menos olhasse pra mim, se ao menos indiretamente manifestasse interesse aí sim toda tentativa seria válida. Ninguém que ser só amar, todo mundo sente a necessidade de ser amado também, esta é a plenitude do amor.

Outrossim, do que adianta eu me esforçar incessantemente para ser notado por alguém que sou invisível do ponto de vista amoroso? Claro que só por este ponto de vista eu sou invisível para ela, pois ela sempre conversou comigo, nunca foi grossa, sempre me tratou muito bem, até ouviu meus desabafos certa vez.

Ademais, o que mais me fez deixar de insistir nela foi a generosidade. Todos nós temos que ter a consciência de que o amor não é egoísta, o amor é generoso. Amor não é possessivo, não pensa só em si, pensa principalmente no outro, amor é bilateral e recíproco. Se você ama alguém você quer ver este alguém feliz. Como a felicidade dela estava ao lado deste rapaz, não me opus a isto e jamais faria qualquer coisa pra atrapalhar o relacionamento que os dois estavam desenvolvendo (ainda que aparentemente não fosse um namoro sério), pelo contrário torço para que ela seja feliz com ele e gosto dele quero que ele seja feliz. Confesso claro que não foi fácil para mim, sofri com isso por certo tempo pois sempre a imaginei que pudéssemos namorar, mas com o passar do tempo fui aceitando e compreendendo isso com maturidade. Hoje a considero como uma amiga, não perdi o contato, não deixo de conversar com ela e continuo torcendo por sua felicidade.

Não é fácil chegar a este grau de tolerância, compreensão e generosidade no amor. Demorei muito para chegar a isso (36 anos). Em todos meus relacionamentos anteriores não via a situação sob esta ótica, sofria sem parar, vivia torturas amorosas. Pela primeira vez, felizmente consegui encarar serenamente a situação desta maneira e partir para outra sem tristeza e sem mágoa. E ficaria muito feliz se vocês tentassem, é um exercício contínuo mas os resultados são maravilhosos, só fazem bem a vocês mesmos.

E tenha esperança assim como eu tenho que por mais amores não correspondidos que você ou eu tenhamos encontrado em nossas vidas, nossa hora ainda chegará, quando menos esperarmos encontraremos alguém especial que florescerá nossas vidas!

domingo, 30 de agosto de 2015

Homens X Mulheres: estereótipos sem sentido!

Sempre quando se fala em sensibilidade e pessoas com a emotividade mais aflorada, a primeira coisa que vem na cabeça das pessoas são as mulheres cheias de modos que não hesitam em chorar quando sentem vontade. As pessoas imaginam sempre o estereótipo dos homens como brutos, que não choram, com dificuldade de se emocionar como um brucutu, um típico homem das cavernas sem modos e frescuras.

E também imaginam como se homens e mulheres fossem produzidos em série como uma linha de montagem: por exemplo, homens adoram muito futebol, carros, mecânica e videogame e as mulheres adoram muito novelas, flores  e conversar sobre sentimentos. Como se isso fosse um padrão rígido, imutável, algo que seria inconcebível se fosse invertido.

Se por acaso estes estereótipos se invertem, as pessoas justificam a inversão com a criação de outro estereótipo: o do homossexual. Como se todos os homens que gostam de ver novelas, adoram flores e têm um perfil emotivo que adoram falar sobre sentimentos fossem homossexuais e como se todas as mulheres que gostam de videogame, mecânica ou futebol e tem uma personalidade mais bruta fossem homossexuais.

O que diferencia os heterossexuais dos homossexuais é apenas e tão-somente a atração sexual: atrações que devem sempre ser respeitadas. Homossexuais são homens que sentem atração por homens e mulheres que sentem atração por mulheres e heterossexuais são homens que sentem atração por mulheres ou vice-versa. A personalidade de cada ser humano independe da atração sexual dela. Não é esta que a define. Cada pessoa tem uma personalidade distinta, uma individualidade. Não existe nenhum ser humano que pensa exatamente igual a outro, o que existe no máximo são seres parecidos com interesses e valores fins e compatíveis: são dependendo do caso, os amigos ou o(a) parceiro(a) amoroso(a). Tanto homossexuais como heterossexuais podem ter comportamento tanto de um como de outro estereótipo sem que isso comprometa sua atração sexual.

Estereótipos são generalizações que as pessoas fazem de comportamentos de determinado grupos de pessoas. São sempre análises injustas com relação aos integrantes de cada grupo. No caso em tela, seria o de homens em contraposição ao das mulheres.Tal divisão é exagerada e muito relativa! Tal divisão é exagerada e muito relativa!

Eu, por exemplo, não me enquadro no clássico estereótipo de homem moldado pela sociedade. Sou um homem heterossexual, me sinto atraído por mulheres, no entanto não tenho interesses em muitas coisas que são atribuídas como de gosto masculino.  Não há nada de errado nisso!

Não gosto de futebol, não tenho paciência pra assistir jogos, não torço pra time regional nenhum.  Adoro assistir novelas (novelas criativas, originais e de bom gosto, é muito raro surgir alguma novela contemporânea que me agrade, por isso costumo ver as mais antigas).

Adoro também as flores! Acho muito linda as orquídeas.

Detesto mecânica e não sou aficionado por carros.  


A própria vaidade e educação não é típica de mulheres, homens também são vaidosos. Eu não sou um troglodita sem modos que me arruma de qualquer jeito, tenho a minha vaidade e sou educado. Todo ser humano (homem ou mulher) deveria ser.

Além disso, adoro conversar sobre sentimentos e não sou insensível. Ah isso com certeza todos já perceberam. Se eu não gostasse de falar sobre isso, este blog jamais existiria! As crônicas que escrevo falam sempre sobre sentimentos, relacionamentos e comportamento humano. E claro por falar e escrever sobre este tema, tenho sensibilidade.

Sensibilidade não é atributo exclusivo para mulheres. Sensibilidade pode ser tanto uma qualidade masculina como feminina. Tanto homens como mulheres podem ser sensíveis. Eu diria até devem ser sensíveis. É humano ser sensível! A falta de sensibilidade é um defeito que precisa ser combatido pois gera pessoas desumanas, frias e egoístas.

Admiro pessoas sensíveis, está aí uma das qualidades que mais admiro numa pessoa. Em contrapartida, uma característica que mais me afasta de uma pessoa é a insensibilidade. Não tenho amizade com pessoas insensíveis (pessoas que não tem empatia, que não se colocam no lugar do outro, que não se importam com o sentimento do outro, só pensam em si). E já tive inúmeras decepções assim.

Em muitas situações em que estava mal, tais pessoas só falavam de si e não se importavam com a minha tristeza, com a necessidade que eu tinha de ser apenas ouvido e poder desabafar algo que estava me fazendo mal, fingiam que não me ouviam, era como se eu fosse invisível e ela fosse o centro das atenções não importa o que estivesse ocorrendo ao seu lado. E claro não era a única vítima desta insensibilidade. Normalmente quem é insensível com um, é insensível com todos ou finge ser sensível apenas com pessoas com as quais tenha algum interesse, não demonstrando uma sensibilidade genuína. De pessoas assim costumo me afastar para não me machucar.

É claro que esta sensibilidade tem graus, há aqueles muito sensíveis e aqueles que até são sensíveis, mas em pouca quantidade. O ideal é o equilíbrio, o meio termo:  a pessoa que tem sensibilidade, se importa com os sentimentos dos outros mas também não sente nem sofre exageradamente por qualquer coisinha que seja. Por exemplo: aquele que chora porque fulano não cumprimentou ou porque beltrano não lhe deu um sorriso ou um abraço. Uma desproporção chorar por causa de coisas assim!

Isso me faz lembrar uma cena do excelente filme “Endiabrado” em que o protagonista interpretado por Brendan Fraser quando pede ao “Diabo” (Elizabeth Hurley) para ser sensível e assim atrair a mulher que amava, o “Diabo” exagera na dose, faz ele chorar copiosamente ao ver o pôr do sol e falar sobre sua beleza, despertando o desinteresse da mulher que estava abominando o excesso de sensibilidade dele e queria tascar lhe um beijo de língua. Pessoal, este filme é muito engraçado!!! Recomendo a todos!

Uma sensibilidade muito aguçada é prejudicial à qualquer pessoa. Sensibilidade é uma linda qualidade todavia sempre com o bom senso para que ela não extrapole certos limites.

Outro fato que me faz não me enquadrar no estereótipo social de homem são as minhas amizades. Segundo aludido estereótipo, homens costumam ter mais amigos homens e mulheres mais amigas mulheres. A grande maioria dos meus amigos são mulheres.

O curioso é que é exatamente pela dificuldade das pessoas em se desgrudar dos estereótipos que a maioria das minhas amizades são femininas. Se as pessoas (principalmente os homens) agissem mais naturalmente e não se preocupassem tanto em se enquadrar nos estereótipos sociais, eu teria mais amigos homens, diria que a proporção de amigos homens e mulheres que teria, tenderia a ser equilibrada: meio a meio, cinquenta por cento cada.

Por isso não tenha medo de ser e fazer o que você gosta. Não fique vinculado aos estereótipos que a sociedade cria. Homens não tenham vergonha de ser emotivos, de ser educado, admirar flores, ver novelas, não gostar de futebol ou conversar sobre sentimentos. Mulheres, não hesitem em falar sobre esportes radicais, mecânica, carros, assistir futebol, jogar Playstation, ser mais duronas, sem perder é claro o mínimo de sensibilidade que o bom ser humano deve ter.

Não importa o que os outros digam ou pensem. O que importa é ser feliz e se importar com a felicidade dos outros! No tocante à sensibilidade, tenham esta em maior ou menor grau, mas não deixem de lado esta linda qualidade humana seja você homem ou mulher!!!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Humildade sempre!

Hoje vou falar sobre uma qualidade que infelizmente não é característica de inúmeras pessoas e faria deste mundo muito melhor se mais pessoas a cultivassem: a humildade!

Quando me refiro à humildade, não é a humildade material (pessoas pobres, desprovidas de recursos) e sim à humildade moral, à humildade do caráter.

Com certeza isso deve ter dado margem para me acusarem de hipócrita e argumentarem “Você fala em humildade, mas não é humilde pois se considera superior aos outros, se autoproclama um homem em extinção!”

Quem imaginou este absurdo, interpretou erroneamente o que quis dizer.  É claro que não me considero melhor do que ninguém. Não sou ninguém especial. A expressão “um homem em extinção” é apenas um jeito bem humorado de protestar contra a insensibilidade e a inversão de valores neste mundo.

Observo (e muitas vezes sofro) tanta injustiça, observo atitudes frias, insensíveis, egoístas e desumanas de muitos, que me sinto excluído disso tudo tal como um peixe fora d´água,  por não compartilhar de ideais que são muito comuns entre meus semelhantes.

Dá a sensação que existem poucas pessoas que pensam como eu e ficam indignadas por não querer que as coisas fossem assim, por desejar que muito mais pessoas, se possível a humanidade toda tivesse estes bons valores.  Por isso sentir-se em extinção.

As pessoas que admiro constituem minoria e são repletas de defeitos e tem muito a evoluir (assim como eu), mas felizmente possuem o mínimo de bons sentimentos e a consciência de que devem melhorar a cada dia. A maioria das pessoas é a que encontra mais dificuldade para evoluir  por não querer melhorar ou muitas vezes nem se conscientizar disso, são estas as pessoas que mais precisam de ajuda, e é pensando não apenas na nossa melhoria moral (na minha e na sua leitor com quem me identifico) mas também na melhoria destas pessoas em estado mais crítico, numa situação mais grave, que me inspiro a escrever as crônicas.

E escrevo sempre com humildade! O que expresso neste blog são apenas minhas impressões pessoais sobre a vida, meras opiniões particulares. As pessoas tem todo o direito de discordar destes meus pontos de vista. Sou aberto a ouvir outras opiniões, ter o conhecimento de diferentes interpretações sobre um mesmo fato. É muito importante um intercâmbio de ideias com o público. Por essa razão sempre dei toda a liberdade para se manifestarem sobre as crônicas, indo mais além: sempre convidando os leitores a fazer crônicas e publicá-las aqui no  blog (e já deu certo uma vez: a crônica “Quase extinto e para poucas!” não é de minha autoria).

A humildade é a primeira característica que me faz simpatizar por uma pessoa assim que a conheço. É o primeiro requisito que a pessoa deve preencher se quer ser minha amiga.

Não consigo manter uma amizade com pessoas arrogantes, metidas, convencidas, egocêntricas, cheias de si. Posso até não desejar o mal delas, e se um dia elas precisarem de ajuda, não negarei. No entanto, não dá pra fazer com elas participem junto comigo nos momentos da vida. Não há como compartilhar a vida com pessoas que se julgam superiores, que te humilham, que te desprezam, que por mais gentil que você seja, fazem questão de te inferiorizar (muitas vezes até de ridicularizar).

É insuportável viver ao lado de alguém assim. São pessoas preconceituosas na maioria das vezes, incapazes de uma gentileza e utilizam os mais variados meios para justificarem que são melhores do que as outras: dinheiro, status, sexo, característica física, etnia, raça, idade, credo, opinião (política, musical ou sobre qualquer assunto) etc. E há até aquelas num grau mais grave ainda: não usam nada para justificarem serem melhores que os demais, simplesmente se julgam superiores pelo simples fato de existirem, se acham o exemplo da pura perfeição!

Pessoas como esta precisam aprender sérias lições na vida. Até para estas pessoas a esperança não é perdida, por mais difícil que seja, elas também podem mudar. O que acontece é que apenas com o sofrimento, apenas plantando o que colheram é que aprenderão. Para algumas demora menos, para outras mais.  

A vida dá tantas voltas e a falta de humildade acaba revertendo contra a própria pessoa, fazendo a refletir sobre seus atos. É que as pessoas que não tem humildade moral, acabam sempre ficando sozinhas. Não é apenas uma ou outra pessoa que não irá desejar mais a companhia delas, inúmeras outras pessoas se afastarão (inclusive as pessoas que no passado estavam sempre unidas). Chega uma hora que não dá mais pra aguentar, a convivência com uma pessoa sem humildade torna-se intolerável.

Isso é válido para todos nós refletirmos mesmo para mim ou para você leitor que se identifica comigo e abomina este tipo de comportamento. Até nós estamos sujeitos momentaneamente a tais atitudes. Não é fácil manter o equilíbrio 24 horas por dia. Tem horas que perdemos a paciência, nos alteramos e brigamos e normalmente é neste momento que o orgulho cresce, apelamos e somos arrogantes (em maior ou menor grau) numa tentativa presunçosa de predominar sobre o outro.

Não podemos deixar de ser vigilantes, temos sempre que nos policiar para que evitemos a prática de atitudes que configuram a falta de humildade. É muito difícil ter o controle pleno sempre mas é só assim se autocriticando que podemos nos prevenir.

E lembrem-se: ninguém é dono da verdade, ninguém é perfeito! Nenhuma pessoa é superior ou mais especial do que a outra. Todo mundo tem defeitos, todo mundo erra. Por mais qualidades que tenha uma pessoa, ela tem defeitos e isso é válido para todos inclusive para você.  Portanto, entre pessoas não existe superioridade. A única superioridade que realmente existe é a dos bons sentimentos sobre os maus sentimentos! Bons sentimentos que tem o seu início na humildade! 

sexta-feira, 31 de julho de 2015

A influência das energias em nossas vidas

Vocês repararam como as energias influenciam nossas vidas? 

Muitos só sabem reclamar da vida, se lamentar, se queixar, xingar, ter ódio da situação e das pessoas. Desesperados com os resultados negativos de ocorrência do dia-a-dia tendem a ser pessimistas, acreditando que as coisas não vão mais mudar e não fazem nada para a mudança ocorrer, simplesmente se acomodam com o ocorrido, se fazem de vítimas e começam a vibrar energias negativas.

As pessoas precisam reagir a tudo isso. É preciso que sejam otimistas! Do que adianta reclamar e nada fazer pras coisas melhorarem? Ficar cheio de ódio porque as coisas não deram certo, não mudará as coisas. Ficar resmungando e se queixando dos problemas não trará a solução destes.

Ademais, um grande erro que frequentemente ocorre é descontar nas outras pessoas tudo o que está sofrendo por causa dos problemas. As outras pessoas não são culpadas pelos problemas que você tem. Ao contrário, muitas destas pessoas que estão ao seu redor estão querendo te ajudar, te livrar do problema, jorrar em ti o otimismo gerador das energias positivas. E você acaba brigando com estas pessoas, trazendo com esta atitude duas consequências: amplia ainda mais suas energias negativas e magoa estas pessoas que só estavam querendo o seu bem.

É claro que não somos perfeitos e inevitavelmente muitas vezes desanimamos, ficamos sem esperança, reclamamos, resmungamos da vida e às vezes até descontamos em alguém. É  próprio do ser humano. Até as pessoas mais otimistas estão sujeitas a isso. O importante é que isso seja temporário, dure pouco tempo (quanto menos, melhor). Temos que refletir com calma e identificar que isso está ocorrendo conosco para a partir daí agir para nos erguermos e afastarmos esta energia inferior que nos acomete. Se não fizermos isso, esta energia negativa crescerá, se acumulará e virará um problema de verdade.

Estas energias negativas se continuam a ser alimentadas pela própria pessoa através do ódio, mau humor, irritabilidade, rancor, falta de esperança, egoísmo e pessimismo muitas vezes desencadeiam doenças sérias físicas e inclusive psicológicas tais como depressão, estresse, pânico etc. A pessoa com a sua atitude negativa diante da vida gera nela própria problemas mais graves ainda: doenças de caráter físico e psicológico. E quando estas doenças atingem a pessoa, fica muito mais difícil se livrar delas. Claro que é possível, sempre é possível porém quanto maior o grau de envolvimento e apego com o negativo mais difícil se livrar dele. A única solução está na própria pessoa, só ela pode modificar este fluxo energético.

O otimismo é uma energia positiva muito poderosa que junto com outras energias positivas tudo modifica para o bem! É uma questão de mudar de postura, ser otimista, não se deixar levar pelas influências negativas, encarar como algo momentâneo que precisa ser extirpado e focar a mente em coisas boas, em bons sentimentos para que nasçam energias positivas e assim estas afastem por completo as energias negativas, transformando assim as influências do ambiente que passarão a atrair só o que é positivo. 

É preciso lutar para as coisas darem certo, persistir nos objetivos. E sobretudo não desanimar, acreditar, ter sempre esperança que tudo vai dar certo. Enfim, é preciso ter uma atitude otimista diante da vida. Sei que é difícil acreditar que as coisas vão dar certo quando por muitas vezes deram errado. Mas se vc continuar achando que vai dar errado, você não tenta mudar o fluxo de energia das coisas e acaba contribuindo para que o errado se perpetue.  A sua energia é muito importante e influi em todas as coisas da vida!

A partir do momento em que você foca sua vida em energias positivas, nos sentimentos positivos (amor, amizade, esperança),no otimismo e em ideais nobres sua vida passa a mudar!
Quando as energias positivas rodeiam seus pensamentos e começam a fazer parte da sua vida, você se surpreenderá com o que passará a ocorrer. Com o passar do tempo os problemas tendem a diminuir, você costuma achar com mais facilidade solução pra eles e mesmo que não encontre fica mais paciente, tolerante e calmo quanto à existência do problema, minimizando-o! Uma energia maior, uma força maior interagirá com isso e só te trará o que é bom. É que a sua atitude positiva faz com que você fique inspirado para encontrar soluções e mesmo quando elas não veem você terá paciência para conviver com o problema que tomará proporções muito menores do que antes. Além disso, este otimismo te prevenirá das doenças. Com a mente fortalecida repleta de energias positivas você cria uma proteção para o seu corpo destas doenças geradas puramente por influências negativas.

Tive uma experiência que constatou exatamente isso esta semana. Estava muito preocupado com a situação financeira minha e de minha família por causa desta crise financeira que o Brasil está atualmente atravessando que interfere até no trabalho. Quando vi que a conta bancária estava mais magra (só com o trabalho não estava dando conta) e estamos com muitas contas para pagar entrei em desespero (fiquei preocupado com o sustento de minha família) tive dor de cabeça o dia inteiro.

À noite antes de dormir, identifiquei esta atitude negativa em mim e comecei a afastá-la, a pensar em coisas boas e positivas, e isso começou a me acalmar, a me dar esperanças, a ser otimista! Conscientizei-me de que não havia motivo pra eu ficar tão preocupado com isso, que o problema não era grande como eu dimensionava, que tudo iria dar certo. No dia seguinte a dor de cabeça tinha passado eu estava mais leve e no início da noite recebi um telefonema de uma pessoa que tinha comprado uma máquina que havia anunciado na Internet e isso ajudou a situação financeira e possibilitou que as contas fossem pagas sem comprometer o orçamento familiar.

As energias positivas que minha mente passou a focar geraram natural e espontaneamente a resolução do problema a curto prazo, mesmo que não tenham acabado definitivamente com todo problema que ainda existe a longo prazo, mas aliviou muito o a parte do problema iminente, minimizando o problema como um todo. Coincidência? Não! As energias influíram irrefutavelmente neste processo. E me ajudaram a não cair numa depressão ou num estresse. Se eu continuasse naquele estado ficaria deprimido, estressado, inerte e contribuiria para que as coisas piorassem e me mergulhassem em muito mais energias negativas das quais teria muito mais dificuldade para me livrar. Ademais, com a cabeça mais calma, com a mente mais serena comecei a ter ideias alternativas para a solução da falta de dinheiro para pagar as despesas do lar e manter a família.

As energias positivas que você atrai para si mudam sua vida! Os resultados são maravilhosos! Por isso, sempre tentem fazer isso. Nos momentos ruins foquem sua mente para o otimismo, para a esperança, o amor, a paz, a caridade, enfim para os sentimentos bons e positivos, você e os que te rodeiam só tem a ganhar com isso!

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Novos relacionamentos: confiar ou se fechar?

Saudades pessoal!!! Depois de mais de 4 anos e meio sem escrever crônicas estou de volta! Sempre sentia muita necessidade de escrever mas estava muito ocupado nestes últimos anos. Sintam-se à vontade para deixar comentários, fazer críticas, sugerir temas etc.

Observando as pessoas no dia-a-dia inspirei-me para escrever sobre algo difícil de se ter atualmente: a confiança nas pessoas que conhecemos! E quando falo em confiança me refiro a qualquer relacionamento seja amizade ou namoro.

Somos muitas vezes enganados,  sofremos nas mãos de muitas pessoas falsas que aparentam ter boa índole no entanto são interesseiras, mentirosas e usam máscaras para obter o que querem. Saímos machucados destes relacionamentos e é aí que nasce a falta de confiança e uma certa anti-sociabilidade no tocante a novos relacionamentos!

A partir do momento em que a pessoa sai ferida de um relacionamento para se proteger e não se machucar novamente, se fecha a qualquer novo relacionamento.

Quando isso ocorre na amizade, a pessoas prefere não se arriscar a criar novos laços e se contenta em conservar apenas as amizades existentes. Se um novo alguém se aproxima querendo construir uma amizade, a pessoa não aceita, se distancia, a deixa no “vácuo”, não dá chance para conhecer melhor este novo indivíduo, bloqueia qualquer diálogo que este tenta manter, muitas vezes chegando até a ser grossa, indelicada. Enfim, cria uma barreira intransponível para afastá-la!  A pessoa prefere ficar com a sua “panelinha” de amigos já conhecidos, se sente segura apenas com quem já conhece porque crê que a probabilidade destes não decepcionarem é bem menor. E fecha as portas para novas pessoas em sua vida. Como se seu rol de amizades fosse um clube que não admite novos sócios!

No amor, ocorre o mesmo. Se um novo alguém se aproxima da pessoa e demonstra amá-la, é repelido bruscamente sem direito a qualquer mínimo diálogo, sem dar a menor chance desta nova pessoa interagir e assim conhecer melhor suas ideias. Constrói-se uma barreira robusta que impede qualquer tímida aproximação! Qualquer olhar carinhoso, fala banal ou elogio já é motivo para censurá-la e se afastar definitivamente dela ou proferir mesmo uma grosseria. A pessoa prefere ficar sozinha, escolhe viver perenemente solteira, sem qualquer envolvimento com outrem, se fecha totalmente para o amor, como se trancasse um cadeado rígido em seu coração e se isolasse numa ilha deserta.

Agir assim ao invés de proteger, prejudica. É um falso escudo, parece que protege mas ataca a potencial transformação na vida de um ser humano. Por conta deste medo extremado de se machucar novamente, a pessoa não deixa nascer relacionamentos que podiam fazer a grande diferença em sua vida.  No plano da amizade, impede que surjam pessoas especiais que tem muito a acrescentar, a ajudar, a ensinar, a aprender, a ter um intercâmbio de experiências de vida, pessoas que poderiam fazer muito bem a ela. No plano amoroso, a pessoa pode deixar de conhecer alguém muito especial até mesmo o grande amor de sua vida, uma pessoa que quer um relacionamento sério e possui uma série de valores em comum.

O medo que experiências negativas se repitam gera a falta de confiança nas pessoas e esta gera um prejulgamento a todo e qualquer ser humano! Como se pelo simples fato da pessoa ter sofrido muitas decepções, estas voltassem a ocorrer eternamente sem exceções, numa jornada infinita de dor, sofrimento e desespero! Como se só existissem aproveitadores, falsos amigos ou falsos amores. Como se qualquer nova pessoa que você não conhece não prestasse, fosse interesseira, traiçoeira, mascarada, má, negativa, que pisa nos outros. Como se não existisse um amor de verdade, uma pessoa especial com intenções sérias e sinceras que valoriza os mais nobres e puros sentimentos.

Este prejulgamento é muito precipitado. Não somos ingênuos e sabemos que não podemos confiar em muitas pessoas neste mundo, que de fato muitas delas são falsas, carregadas de energias negativas e só fazem a gente sofrer, chorar e se decepcionar. Mas não podemos generalizar: felizmente há muitas pessoas boas no mundo. Há pessoas que realmente são amigas, te ajudam no quer for preciso, se preocupam com você, adoram sinceramente a sua companhia sem interesses escusos. Se não fosse por isso você não teria nenhum amigo verdadeiro na sua vida e você tem, pode até ser que tenha poucos mas tem! Da mesma forma é possível achar alguém que ame você desinteressadamente, um alguém especial que queira de fato um relacionamento sério contigo, uma pessoa que realmente te ame e queria fazer parte da sua vida em plenitude. A pessoa desperdiça energias positivas pois repele para si coisas que fariam muito bem na vida dela: pessoas que preencheriam sua vida com reais sentimentos. O prejulgamento gera injustiça muitas vezes, nivelando pessoas de bom coração a pessoas de péssimo caráter.

Eu mesmo já passei por isso várias vezes. Já tentei me aproximar de uma pessoa muito legal que conheci e sofri este tipo de prejulgamento, um tipo de preconceito. Fui lá com toda boa intenção conversar, estreitar os laços de amizade porque me simpatizei sinceramente com ela, no entanto fui repelido instantaneamente, a pessoa me deixou no “vácuo” conversando. Em outra ocasião a pessoa nem me cumprimentou e quando lhe dirigi a palavra ela balbuciou desinteressada uma ou duas palavras e saiu, fugiu pra ficar distante de mim, pra não se envolver e pra não criar uma nova amizade! Pra que eu não entre na sua vida de jeito nenhum! Como se eu fosse alguém que ameaçasse invadir sua vida! E cada delicadeza que dirigi pra esta pessoa, ela só veio com desatenção ou patada! Uma pena! Esta pessoa só perdeu com isso, exterminou a oportunidade de fazer um verdadeiro amigo  que só tinha boas vibrações pra ela.

Alguns poderiam refutar o que disse argumentando que tais pessoas já estão felizes com os amigos que tem e não precisam de mais nenhum, não há nada mais que possa ser acrescentado na vida, portanto nada afetará a vida destas e em se tratando de amor, ele não é necessário na vida, ela pode se contentar só com as amizades e viver a vida muito bem sozinha. Tal argumentação também é facilmente contestada: fechar a porta para o novo, estagna a vida da pessoa tanto no plano da amizade como no do amor, desperdiça chances de novos e interessantes rumos na vida!  Toda pessoa na vida tem algo a acrescentar mesmo que a pessoa já conheça muita gente e tenha inúmeros amigos, sempre um novo amigo irá somar algo na vida dela, um amigo que é amigo mesmo trará energias positivas e coisas boas para sua vida. E um amor também! O amor que é verdadeiro, sincero, sério, que tem boas energias só trará felicidade!

Deixar de radicalmente confiar em quaisquer novas pessoas, acaba totalmente com a possibilidade de inusitadas ocorrências na vida! Oportunidades na vida deixam de acontecer por conta disso. Toda uma série de mudanças positivas não acontece porque a pessoa se acomoda e atravanca a fluência natural da vida. As pessoas não atravessam nossa vida por acaso, não cruzamos com pessoas diferentes e novas sem qualquer sentido. Há uma razão especial para que pessoas novas surjam em nossas vidas! Elas surgem para que compartilhemos experiências de vidas com elas e desenvolvamos novos laços afetivos ou amorosos, para que possamos crescer e evoluir, para que transformemos magicamente nossas vidas!

Por isso confie mais! Sei que é difícil mas prejulgar o outro, rotulá-lo como indigno de confiança sem nem ao menos conhecê-lo direito não é a melhor saída, é algo que só prejudica você mesmo, pois interfere na sua vida, impedindo que eventuais coisas positivas possam acontecer. Não há porque ter medo! Se você sofreu muito mais um motivo pra você não ter medo de se aproximar amistosa ou amorosamente de alguém ou deixar que este se aproxime de você pois o sofrimento traz experiência, sabedoria, faz com que você fique vacinado, preparado, atento e prevenido contra possíveis pessoas mascaradas! Fica mais fácil detectar alguma intenção falsa e traidora de novas pessoas se você já foi enganada por outras, o estado de alerta é maior.

E mesmo que você não consiga detectar uma pessoa falsa, mesmo que você seja enganado de novo por alguém que conheceu, não é motivo para desespero pois terá agora muito mais força e coragem para seguir adiante a vida, sofrerá menos porque está alerta às possibilidades da vida e vai encarar o ocorrido com mais serenidade e tolerância do que nas vezes anteriores. Melhor tentar novos relacionamentos do que pensar como teria sido se não tivesse tentado! Cada relacionamento é um aprendizado da vida. Fugir deles é fugir deste aprendizado, é fugir da própria vida.

Permita-se conhecer novas pessoas, contrair novos amigos! Não afaste quem está se aproximando de ti. Deixe a conversar contigo para você aos poucos descobrir se ela é uma pessoa boa que fará jus ao seu rol de amigos. E se você está solteiro(a), destrave seu coração, abra-se para o amor, não deixe de conhecer melhor alguém que aparenta ser especial, não repila quem parece te querer bem. Tente ao menos conhecer a pessoa pra com o passar do tempo analisar se vale a pena ou não. Não permita que o passado comande sua vida, o que aconteceu de ruim não se repetirá pro resto da sua vida, muita coisa boa ocorrerá, magníficas surpresas aparecerão!

Seja confiante! Nunca deixe de tentar! Dê uma chance às pessoas que surgirem em sua vida, você poderá se surpreender!